Os laudos periciais das cinco vítimas do acidente aéreo em Piedade de Caratinga (MG), que matou a cantora Marília Mendonça, apontaram que todas morreram em razão do impacto da aeronave no solo. A conclusão foi divulgada nesta quinta-feira pela a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
Os trabalhos realizados no Instituto Médico Legal Dr. André Roquette (IMLAR), em Belo Horizonte, concluíram que as vítimas morreram por politraumatismo contuso, em decorrência do impacto sofrido com a queda da aeronave, no dia 5 de novembro.
O delegado regional em Caratinga, Ivan Lopes Sales, que preside o inquérito policial, adiantou que a Polícia Civil já conseguiu descartar algumas das hipóteses das causas do acidente, como a possibilidade de a aeronave ter sido atingida com um disparo de arma de fogo. “Agora, com as evidências apresentadas pela perícia técnica, podemos descartar também a hipótese de um mal súbito por parte do piloto e do copiloto”, afirmou.
Piloto de outro avião se comunicou com vítimas
Ainda de acordo com Sales, a PCMG ouviu um piloto de um avião que saiu de Viçosa, também com destino a Caratinga, cerca de 20 minutos depois da aeronave envolvida no acidente. Ele chegou a se comunicar por rádio com o piloto da aeronave que levava a cantora momentos antes do acidente. “A testemunha nos informou que o piloto da aeronave que acidentou não chegou a relatar qualquer problema no avião”, diz o delegado.
“Além disso, ele disse que o piloto vítima comunicou que já estava em procedimento de pouso, ou seja, levaria entre um minuto a um minuto e meio para pousar, quando provavelmente se chocou com uma rede elétrica”, informa Sales, chamando a atenção ao fato de que isso não significa que se possa atribuir culpa, até o momento, à companhia responsável pela transmissão de energia.
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