O fogo sagrado dos Jogos Olímpicos já começou o seu longo caminho até Paris. Na manhã desta terça-feira, 16, foi realizada no Templo de Hera a cerimônia oficial de acendimento da tocha olímpica, um dos rituais mais tradicionais das Olimpíadas, na cidade grega de Olímpia, palco das competições da antiguidade.
De acordo com a tradição, a chama deveria ser produzida a partir da incidência dos raios do sol em um espelho côncavo, mas o tempo nublado impediu e a tocha teve de ser acesa com o fogo gerado no ensaio da cerimônia feito na segunda-feira, 15, o que permitiu que se mantivesse o ideal de pureza e símbolo de paz e amizade entre as nações.
O acendimento da chama sagrada dá início também ao revezamento da tocha olímpica, que vai ter um total de dez mil condutores até chegar na Cerimônia de Abertura do Jogos de Paris-2024, em 26 de julho.
O primeiro condutor da tocha foi o grego Stéfanos Doúskas, campeão olímpico de remo no skiff simples. Ele recebeu a chama da suma sacerdotisa do Templo de Hera, interpretada pela atriz Mary Mina. Em seguida, Doúskas passou a chama para a ex-nadadora francesa Laure Manaudou, medalha de ouro nos 400m livre nos Jogos de Atenas-2004. Laure foi a primeira francesa a conduzir a flama sagrada.
Durante o revezamento, a tocha olímpica vai seguir primeiramente pelo território grego, como manda a tradição, e será entregue aos francesas no próximo dia 26, em cerimônia no histórico estádio Panathenaic, em Atenas, que foi construído para os Jogos de 1896, os primeiros da Era Moderna. A chama seguirá para Marselha a partir do dia 27 a bordo do veleiro Belem, chegando na França em 7 de maio.
A partir de 8 de maio, o fogo sagrado vai percorrer 400 cidades franceses, passando também por territórios ultramarinos, como Guiana Francesa, Polinésia Francesa e Martinica.
