O preço da cesta básica teve uma pequena alta no Vale do Paraíba, em maio, segundo levantamento do Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais da Universidade de Taubaté (Nupes).
O balanço divulgado nesta segunda-feira (3) aponta alta de 0,21% no valor da cesta básica na região, que passou de R$ 2.788,95 em abril para R$ 2.794,98 em maio – aumento de R$ 6,03.
“O mês de maio, em especial, apresenta um fato novo: a tragédia climática ambiental no Rio Grande do Sul, que pode ter afetado várias cadeias produtivas, em especial do arroz”, explica o Nupes.
Este é o oitavo aumento seguido na cesta básica no Vale do Paraíba. O balanço dos últimos 12 meses, porém, apresenta uma queda de 0,36% nos itens – redução de R$ 10,18 (R$ 2.805,16 em novembro de 2022 e R$ R$ 2.794,98 em novembro de 2023).
“Cabe destacar que nos últimos oito meses a cesta básica apresentou alta nos preços, mesmo assim, por conta de reduções mais expressivas em 2023, a viação dos últimos 12 meses continua negativa.”
Levantamento
A cesta básica avaliada pelo núcleo contempla produtos de higiene pessoal, limpeza e alimentação. As coletas são feitas em São José dos Campos, Taubaté, Caçapava e Campos do Jordão.
O parâmetro usado pela pesquisa é o de uma família com poder de compra de cinco salários-mínimos vigentes no mês de abril, valor total que hoje representa R$ 7.060,00.
Variação por cidade
Caçapava: 0,35% (R$ 2.794,98)
Taubaté: 0,34% (R$ 2.806,53)
Campos do Jordão: 0,12% (R$2.854,20)
São José dos Campos: 0,02% (R$ 2.724,81)
No período de um ano (maio de 2023 em comparação com maio de 2024), a cesta chegou a uma redução de 0,36%, o que representa uma diferença de R$ 10,18. Veja:
- Maio de 2023: R$ 2.805,16
- Maio de 2024: R$ 2.794,98
Entre os itens que compõe a cesta básica, os que tiveram maior alta no preço em maio foram:
- Cenoura: + 18,54%
- Batata inglesa: + 17,77%
- Arroz: + 4,99%
Entre os itens que compõe a cesta básica, os que tiveram maior queda no preço em maio foram:
- Abobrinha: – 9,37%
- Laranja pera: – 6,15%
- Frango inteiro: – 4,63%
Terceiro produto com maior aumento no mês, o arroz teve a produção prejudicada em maio por conta da tragédia do Rio Grande do Sul. O estado é o maior produtor do alimento no país.
“Incertezas relativas aos estoques do arroz no maior estado produtor, que é o Rio Grande do Sul, alinhado às expectativas de altas resultantes de especulação nos mercados consumidores vem puxando os preços do arroz para cima em todos os mercados. Com alta ainda tímida, a tendência é de estabilidade à medida em que a CONAB sinaliza a importação do grão de outros países”, afirma o Nupes.
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