O general de divisão Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde do governo Jair Bolsonaro, pediu transferência para a reserva remunerada do Exército. A solicitação do ex-ministro antecipa a aposentadoria dele da instituição, que seria automática partir de 31 de março, segundo as regras do Exército.
Pazuello foi pressionado a se aposentar após participar de ato político com o presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro. Ele já não era ministro. Apesar de o Regulamento Disciplinar do Exército determinar punição para integrantes que “manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária”, o comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, argumentou que não houve indisciplina.
O ex-ministro foi promovido a general de brigada do Exército em 2014 e, em 31 de março de 2018, a general de divisão, último grau da carreira para oficiais intendentes, como Pazuello.
De acordo com a regra do Exército, Pazuello iria para a reserva de forma obrigatória em março deste ano porque já chegou ao último grau da carreira e por completar o período de quatro anos como general de divisão.
Pazuello como ministro da saúde
Pazuello assumiu o comando do Ministério da Saúde em maio de 2020 e deixou a pasta março de 2021. A escolha do presidente Bolsonaro foi muito criticada por colocar um militar, sem experiência na área de Saúde, para comandar a pasta durante a pandemia de Covid-19.
A gestão de Pazuello foi marcada por apoio ao uso da cloroquina, medicamento ineficaz contra a Covid; crise de abastecimento de medicamentos e oxigênio; e mudanças de discurso sobre tratamento precoce contra a Covid.
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