O ministro da Educação, Milton Ribeiro, pediu exoneração do cargo nesta segunda-feira (28). O cargo deverá ser ocupado pelo secretário-executivo da pasta, Victor Godoy Veiga.
Parlamentares da bancada evangélica defendiam que ele tirasse licença enquanto durassem as investigações, mas questões jurídicas impediram esta opção. A saída do pastor presbiteriano, o quarto a ocupar o MEC desde o início da gestão, ocorre em meio a reportagens que apontam a existência de um “gabinete paralelo” para o favorecimento de prefeituras indicadas por pastores. Prefeitos relataram ter recebido pedidos de propina do pastor Arilton Moura para facilitar o repasse de verbas federais e o próprio ministro diz, em áudio divulgado pela Folha de São Paulo, que está entre suas prioridades atender às demandas de Gilmar Santos, um dos líderes da Assembleia de Deus.
Bolsonaro resistia em tirar Milton Ribeiro do cargo, porém, a pressão se tornou insustentável. Na sexta-feira (25), a Polícia Federal abriu dois inquéritos para apurar possíveis irregularidades envolvendo os pastores Gilmar e Arilton e o chefe do MEC. A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia autorizou a abertura da investigação sobre o caso.
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