Dono de grandes sucessos da música popular Brasileira, como ‘Um Girassol da Cor do Seu Cabelo’, ‘O Trem Azul’ e ‘Dois Rios’, o cantor e compositor Lô Borges se apresentou neste final de semana no SESC de São José dos Campos, na Turnê ‘Não Me Espere na Estação’. Em uma entrevista exclusiva à CBN Vale/R3 Notícias, Lô fala sobre a sua relação com a nossa região.
– Pra mim é uma alegria! Eu gosto muito de São Paulo como um todo, o Vale do Paraíba especialmente, frequento desde o começo da minha carreira. Fiz shows importantes, históricos na minha trajetória e pra mim é a estrada cara, a estrada a gente vive fazendo estrada, eu faço mais discos do que estrada, mas assim eu adoro quando eu tô na estrada e estar aqui no Vale do Paraíba em São José mais uma vez é uma alegria muito grande.
Com 52 anos de carreira e esbanjando vitalidade e bom humor nos palcos, Lô Borges sempre lota as casas onde se apresenta. Ele comentou sobre a presença de jovens que curtem seu som e se identificam com suas letras.
– Isso tem um significado, assim, até engraçado, porque significa que o público tá procriando, né? Pai passando pra filho, neto, avô passando pra neto, são várias gerações, teve dez anos do Clube Esquinas, vinte anos, trinta anos, quarenta anos. 40, 50, aí me perguntaram uma vez, daqui a dez anos você vai estar fazendo o que? Eu falei, certamente vou estar falando sobre 60 anos do Clube da Esquina, entendeu? É uma coisa mais ou menos que Clube da Esquina não tem prazo de validade. Então eu acho legal os jovens frequentarem dos shows, porque é uma música que eu, por exemplo, eu fiz a metade das músicas do álbum Clube da Esquina em 72 junto com o Milton. Eu era um jovem. Eu tinha 17 anos quando eu comecei a compor, quando eu fiz o Clube da Esquina eu tinha 18, 19. Então é legal ver os jovens se identificar com essa música porque eu quando fiz essas músicas eu era jovem como esses jovens que estão aqui hoje presenciando os meus shows.
Recentemente, João Marcelo Bôscoli, filho de Elis Regina divulgou em suas Redes Sociais e em entrevista à Rede CBN uma nova versão do Sucesso ‘Para Lennon e McCartney’, escrita por Fernando Brandt, Marcio e Lô Borges quando ele tinha apenas 17 anos. Lô Borges conta como foi ouvir mais uma vez sua música interpretada por Elis, numa nova versão.
– Pra mim foi maravilhoso porque o João Marcelo teve um cuidado muito legal comigo, ele pediu a uma pessoa que é nossa amiga em comum, para me mostrar em primeira mão […]. Eu me emocionei, chorei, fiquei de muita alegria porque ela canta muito lindo e puseram a voz, o tratamento que deram a voz dela ficou bem destacada, aí ficou uma coisa emocionante, maravilhosa, ouvir novamente a Elis cantando a música que eu compus 17 anos, pra mim é uma é impagável, a alegria máxima.
Lô Borges, que no final de 2023 lançou um álbum comemorativo dos seus 50 anos de carreira comentou sobre a polêmica envolvendo o Governo de Minas Gerais, a Filarmônica e a Sala Minas Gerais.
– Eu tô do lado da Filarmônica. O pau tá quebrando, as pessoas estão polemizando, o governo pra lá, a Filarmônica pra cá… Eu quero só deixar bem claro que eu tô do lado da Filarmônica. A Filarmônica é uma instituição que deu certo, é uma orquestra que tem uma sala a Minas Gerais, que é sala a mais preparada da América Latina, considerada. Ela foi construída. pensando na acústica de música sinfônica. Então, é uma coisa que está ali, tem um público cativo e é uma orquestra de excelência máxima mundial. Eu tive a honra máxima também de ter sido o primeiro… Acho que até agora foi o único, teve um concerto de música popular, porque normalmente eles só fazem música erudita.
Por Fim, Lô anunciou um novo projeto musical, o álbum ‘Tobogã’, que será lançado no segundo semestre deste ano.
Esse ano de 2024, por exemplo, eu estou lançando meu sexto álbum de inéditas em seis anos consecutivos. Então, minha produção musical é efervescente, eu não paro de criar. No ano passado eu fiz o ‘Não me Espere na Estação’, foi indicado ao Grammy, um disco mais roqueiro, uma pegada mais roqueira e agora em 2024, no segundo semestre, vou estar lançando um disco chamado ‘Tobogã’. Então o que eu tenho pra dizer pro meu público é: se liga nas coisas novas que eu tô fazendo que, eu tenho orgulho de ter sido um dos autores do Clube da Esquina, mas, o que move a minha carreira é minha composição é a vontade de fazer coisas novas, de lidar com o desconhecido […]. Quem quiser ouvir Lô Borges, coisas inéditas, tem álbum direto nos últimos seis anos e tem álbum pronto até para 2028..
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