A Agência Nacional de Telecomunicações realizou ontem o leilão do 5G. Com 24 lotes arrematados em apenas um dia, ainda não foi possível passar por todos os lances apresentados para cada faixa de radiofrequência leiloada. Assim, o certame continua durante o dia de hoje, com lances para o direito de uso da faixa de 26 GHz.
Somados todos os lotes arrematados neste primeiro dia o leilão –o maior da América Latina, segundo o ministro das Comunicações, Fábio Faria— já foram movimentados mais de R$ 6,964 bilhões em outorgas. Esse montante é o cobrado apenas pelo direito de exploração das faixas. Além disso, os vencedores do leilão terão que investir nas redes e na infraestrutura do setor de telecomunicação brasileiro.
Exemplos dessas contrapartidas são a garantia de internet 4G nas rodovias brasileiras e em municípios e localidades ainda sem rede. A instalação da rede de fibra óptica, via fluvial, na região amazônica. E ainda a garantia de internet móvel de qualidade nas escolas públicas de educação básica.
A expectativa, segundo a Anatel e o governo, é de que quase R$ 50 bilhões sejam arrecadados ao final do leilão. Desse total, R$ 40 bilhões serão destinados para investimentos na conectividade digital e R$ 10 bilhões serão para o Tesouro.
Leilão do 5G
Nesta quinta-feira (4), foram leiloados apenas os lotes e blocos das faixas de 700 MHz, 3,5 GHz e 2,3 GHz. Dessas, apenas a segunda é exclusiva para o serviço de oferta do 5G.
Com exceção da faixa de 700 MHz, todos os lotes para prestação do serviço de 5G em área nacional foram arrematados por uma das três maiores operadoras participantes do certame: Vivo, Tim ou Claro.
Até o momento, quatro novos operadores de telecomunicação que ainda não ofereciam serviço móvel no Brasil arremataram faixas. São eles: Winity II Telecom, Brisanet Serviços de Telecomunicações S.A., Cloud2U Indústria e Comércio de Equipamentos Eletrônicos LTDA e o Consórcio 5G Sul.
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