O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou habeas corpus solicitado pelos advogados de defesa dos médicos Rui Noronha Sacramento e Mariano Fiore Junior, ambos foram condenados em 2011 pelo esquema de tráfico de órgãos humanos denunciado no final da década de 80 em Taubaté, no Vale do Paraíba. Com a decisão desta segunda-feira médicos podem ser presos a qualquer momento.
Na segunda-feira (14), a Justiça de Taubaté, atendendo a uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), de que condenados pelo júri devem cumprir a pena imediatamente, mesmo que ainda possa recorrer a outras instâncias na Justiça, a Vara do Júri – Infância e Juventude de Taubaté, pelo juiz Flavio de Oliveira César, decidiu pela prisão imediata da pena dos três médicos. Os mandados de prisão foram expedidos na quarta-feira (16) e podem ser cumpridos a qualquer momento.
As defesas dos réus manifestaram-se contra a prisão e solicitaram habeas corpus com Pedido de Liminar à justiça e que foi negado nesta segunda-feira (21). Além dos médicos Rui Noronha Sacramento e Mariano Fiore Junior a decisão da justiça também caiu sobre Pedro Henrique Masjuan Torrecillas, no entanto, o médico morreu na ultima quinta-feira (17) após sofrer um mal súbito. O corpo foi cremado neste domingo (20) em Jacareí.
Os médicos tiveram suas condenações relacionadas à emissão de laudos falsos em casos de mortes ocorridas no antigo Hospital Santa Isabel, onde hoje funciona o Hospital Regional de Taubaté. A denúncia foi formalizada em 1987, ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) pelo médico Roosevelt Kalume. O caso ficou conhecido nacionalmente e a imprensa batizou a investigação de caso Kalume, em referência ao sobrenome do médico que denunciou o caso para as autoridades.
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