O técnico de informática Guilherme Longo foi transferido de volta para Penitenciária 2 de Tremembé após ser condenado a 40 anos de prisão pela morte do enteado Joaquim. O crime aconteceu em novembro de 2013, na cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
Guilherme Longo chegou ao presídio que é conhecido por abrigar presos em casos de grande repercussão no início da tarde desta segunda-feira (23). Ele cumpre pena na unidade desde 2018, quando foi capturado pela Polícia Internacional (Interpol) na Espanha, onde se escondia e extraditado para o Brasil.
Por meio de nota, a defesa de Guilherme Longo informou que recorreu da decisão que condenou o réu e que pedem a anulação do júri.
“As razões do recurso serão apresentadas diretamente no tribunal, pedindo a anulação do júri, pois a decisão foi manifestamente contrária a prova dos autos, bem como para que o Tribunal possa corrigir a exagerada condenação de 40 anos fixada pelo juiz de primeiro grau”, disse a equipe jurídica de Guilherme na nota.
Relembre o caso
O pequeno Joaquim, à época com 3 anos de idade foi encontrado já sem vida nas águas do Rio Pardo, em Barretos, cinco dias após ser dado como desaparecido em Ribeirão Preto, em novembro de 2013.
Guilherme é acusado de utilizar uma alta dose de insulina na criança, que tinha diabetes, e depois jogar o corpo em um córrego próximo à casa da família. Segundo o Ministério Público, ele teria utilizado 166 unidades da substância para matar Joaquim.
A princípio, Longo foi condenado a prisão em regime fechado por todos os crimes da denúncia: homicídio qualificado por motivo fútil, recurso que impossibilitou defesa da vítima e meio cruel.
O julgamento aconteceu dez anos após a morte da criança, que chocou o país. Foram seis dias, cinco deles reservados para os depoimentos. O interrogatório dos réus, que ocorreria no sábado (21), foi adiantado para sexta-feira (20), por conta da celeridade do processo.
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