Gilberto Gil é eleito para ocupar a 20° cadeira da ABL

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Foto: Instagram/Gilberto Gil

Uma semana depois de tornar imortal a atriz Fernanda Montenegro, a Academia Brasileira de Letras (ABL) admitiu ontem mais um ícone da cultura popular em seus quadros: o cantor Gilberto Gil.

Gil venceu a disputa com 21 votos. Concorreram também o poeta Salgado Maranhão, que recebeu sete votos, e o escritor Ricardo Daunt, que não foi votado. Ainda foram 4 votos em branco e dois nulos.

O músico baiano de 79 anos vai ocupar a cadeira número 20, que tem como patrono o médico e jornalista Joaquim Manuel de Macedo e ficou vaga com a morte do jornalista Murilo Melo Filho, em maio de 2020.

Por meio de suas redes sociais, Gil agradeceu a votação. “Muito feliz em ser eleito para a cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras. Obrigado a todos pela torcida e obrigado aos agora colegas de Academia pela escolha.”

Gilberto Gil e a ABL

O namoro entre o artista e a academia é antigo. Em 1996 Gilberto Gil lançou o livro “Todas as letras”, sua primeira obra. A coletânea de composições o fez atender um dos pré-requisitos para que pudesse disputar um assento na ABL: ter ao menos um livro publicado.

Depois de diversas sondagens, Gilberto Gil foi convidado para concorrer à vaga de Alfredo Bosi, morto em abril deste ano, aos 84 anos. O músico era próximo ao historiador da literatura brasileira e crítico de cinema e, por isto, acabou optando por disputar outro posto, o do jornalista Murilo Melo Filho.

Expoente da Tropicália e um dos principais nomes da Música Popular Brasileira (MPB), Gilberto Gil acumula prêmios relevantes, lançou mais de 40 álbuns e está entre os artistas brasileiros mais reverenciados fora do país, com sucessos como “Expresso 2222”, “Andar com fé” e “Aquele Abraço”.

 

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