A Justiça decretou a prisão de um falso médico que trabalhou por quatro meses atendendo pacientes em um hospital de Bom Jesus dos Perdões. Segundo a polícia, o homem usou documentos e o registro profissional de um médico verdadeiro para conseguir o emprego e durante o período que trabalhou no hospital atendeu cerca de 800 pacientes. Ele está foragido da Justiça.
De acordo com a Polícia Civil, Johnathans Matheus de Souza Caires Melo, de 28 anos deu plantões no hospital da cidade como clínico geral entre março e junho deste ano, mas desde então está desaparecido. Durante o período que atendeu os pacientes, o falso médico chegou até a assinar um atestado de óbito de uma mulher de 64 anos, que faleceu em julho.
Johnathans utilizava o registro profissional e documentos de um médico da cidade de Mogi das Cruzes. Há cerca de um mês, o médico descobriu a fraude por meio de um site e denunciou o homem à polícia.
“Eu tenho costume de acessar o Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde. Olhei e tinha meu nome em Bom Jesus dos Perdões. Eu entrei em contato com o diretor do hospital, pra entender porque meu CRM estava registrado lá, sendo que nunca tinha dado plantão naquela região. Ai foi onde ele enviou os documentos que o falso médico tinha apresentado e que de fato eram meus documentos”, contou o médico, que prefere não se identificar.
Segundo a delegada Nágia Cássia de Andrade, que investiga o caso, o falso médico foi indiciado por estelionato, falsidade ideológica e exercício ilegal da medicina. A polícia conseguiu chegar até ele, porque o golpista abriu contas em bancos digitais em nome do médico verdadeiro, mas usando as próprias fotos e assim a polícia conseguiu identificá-lo.
A prefeitura de Bom Jesus informou que quando descobriu a fraude fez um boletim de ocorrência e notificou a empresa terceirizada, que é responsável pelo profissional.
O que diz a empresa
Por meio de nota, a empresa Pronto Clínica Centro Médico, que presta serviços para a prefeitura de Bom Jesus dos Perdões, informou que foi vítima dos crimes do suposto médico. A empresa diz que durante o processo de seleção, o homem entregou documentos do médico verdadeiro e que por isso acabou sendo efetivado para plantões pontuais.
Ainda segundo a empresa, após saber da fraude, a empresa fez boletim de ocorrência e rompeu qualquer relação com o falso médico. A empresa destacou também que não houve omissão na escolha do profissional e que sempre busca aprimorar os processos de contratação de prestadores.
Download | Léo Poli | R3 Notícias
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