A Caoa Chery informou que não há possibilidade de adoção de layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho) para os empregados da fábrica de Jacareí, que devem ser demitidos.
A montadora paralisou a produção de veículos na unidade para remodelar a linha de produção visando a fabricação de veículos elétricos a partir de 2025. Com isso, cerca de 500 empregos estão ameaçados.
A medida deve provocar a demissão de todos os funcionários do setor produtivo e de metade da área administrativa, impactando 485 empregos dos 600 da fábrica, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região, que tenta reverter as demissões.
Na última semana, após uma rodada de negociação, o sindicato chegou a divulgar a ata do encontro com a proposta de suspender as demissões e adotar layoff para os empregados por cinco meses, com mais três de estabilidade, garantindo os empregos ao menos até janeiro de 2023.
Neste final de semana, porém, em comunicado oficial, a Caoa Chery negou a possibilidade de suspender os contratos na unidade do Vale do Paraíba e confirmou a necessidade de “uma longa interrupção de suas atividades produtivas na fábrica de Jacareí, com a consequente readequação de seu quadro de empregados”.
Indenizações
A montadora propôs um novo pacote de indenização para os empregados que serão demitidos.
Segundo a empresa, o montante poderá alcançar o teto máximo de 15 salários base para os empregados que contem com sete anos ou mais de empresa em 1º de março de 2022, e, no mínimo, 7 salários — para aqueles com até 2 anos de contrato.
Sindicato
Em nota, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José disse que a desistência da Caoa Chery em adotar o layoff “coloca em risco a credibilidade da empresa e leva os metalúrgicos a reiniciarem a mobilização contra as demissões”.
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