O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (12), em uma entrevista para podcasts, que se arrepende de algumas de suas frases ditas em meio a pandemia da Covid-19
No pool dos podcasts apresentados por diversos youtubers, o chefe do Executivo mandatário usou a expressão “dei uma aloprada” para se referir a algumas de suas declarações mais controversas. “(…) Os caras [imprensa] batiam na tecla o tempo todo e queriam me tirar do sério”, afirmou Bolsonaro.
Em relação ao momento em que disse “não ser coveiro”, Bolsonaro mostrou arrependimento e declarou que retiraria a frase. “Sou chefe da nação. Eu sei disso. Eu lamento. Não falaria de novo, não falaria de novo. Você pode ver que de um ano para cá meu comportamento mudou. A minha cadeira é um aprendizado”, disse.
Em abril de 2020, quando o Brasil passava da marca de 300 mortes diárias em decorrência do vírus, Bolsonaro respondeu que “não era coveiro” a um jornalista que abordava o assunto.
No entanto, a coleção de frases controversas do presidente em relação à pandemia foi além. Bolsonaro chamou o coronavírus de “gripezinha” em rede nacional durante um pronunciamento oficial, chamou as medidas de isolamento social de “histeria” e chegou a dizer que o Brasil precisava “parar de ser um país de maricas”.
Ao todo, de acordo com o consórcio dos veículos de imprensa, a pandemia do coronavírus já vitimou 684.951 pessoas em todo o Brasil até o presente momento.
Tratamento com Cloroquina e Ivermectina
Mesmo com o arrependimento acerca de algumas de suas falas, Bolsonaro voltou a discursar favoravelmente ao tratamento precoce. A medida é comprovadamente ineficaz contra o coronavírus.
O presidente, inclusive, usou sua própria infecção pelo vírus para defender o uso de medicamentos sem eficácia. “Tô no grupo de risco. Eu sou idoso já. Tô com 67 anos. Eu tomei o remédio. Não vou falar o nome dele aqui para não cair [a transmissão]”, disse.
Download | Léo Poli | R3 Notícias
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