Após mais de 12 anos fechada, a Capela da Nossa Senhora do Pilar, situada no centro de Taubaté, foi reformada e deve ser reaberta à visitação do público ainda este ano. Tombado como patrimônio, o templo estava em situação muito precária e foi fechado por indicação do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) para realização de obras emergenciais.
Segundo a Seplan (Secretaria de Planejamento) do município, as obras mais urgentes já foram finalizadas, mas ainda há uma parte de conservação e restauro pendentes. A prefeitura ainda não definiu a data da reabertura, mas prevê a realização de ações culturais e de educação patrimonial para a ocasião.
Na reforma emergencial, foram realizadas a estabilização estrutural do arco do cruzeiro, a manutenção das telhas para retirada de infiltrações, a demolição dos banheiros laterais e a reconstituição do reboco das paredes externas, que também receberam nova pintura. Está prevista ainda a elaboração de um projeto de iluminação.
O restauro da Capela do Pilar atende às diretrizes do Plano de Preservação do Patrimônio Cultural e da Paisagem, que está sendo finalizado pela Seplan de Taubaté. O plano foi submetido a audiências públicas para coletar sugestões da população e aprovado pelo Conselho de Patrimônio com solicitação de pequenas complementações. “A Seplan está realizando a adequação conforme as sugestões recebidas da população e dos conselhos municipais e encaminhará o projeto para a Câmara de Vereadores”, disse Araújo.
A capela é considerada uma das poucas relíquias da arquitetura colonial no estado de São Paulo. Ela começou a ser construída com paredes de taipa de pilão, no ano de 1725, sob influência do barroco mineiro e no contexto do bandeirismo, movimento de expedição que avançou pelo interior do país. Foi inaugurada em 1748, por Timóteo Correia de Toledo, vinculado à São João Del Rei, município histórico mineiro que nasceu em torno de sua primitiva Capela do Pilar.
Além do IPHAN, o templo é tombado pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico e Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) e pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Urbanístico, Arqueológico e Arquitetônico.
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