Funcionários da MWL, que estão em greve há um mês por atraso no pagamento de salários na fábrica de Caçapava foram demitidos por telegrama nesta segunda-feira (6). A informação é do Sindicato dos Metalúrgicos, que até o fim da tarde contabilizou cerca de 40 trabalhadores nesta situação.
O texto do comunicado enviado aos trabalhadores comunica o desligamento por abandono de emprego.
De acordo com o secretário-geral Renato Almeida, a demissão não poderia ser feita porque a Justiça do Trabalho está analisando a situação dos trabalhadores.
“Isso é uma medida absurda. Tivemos tentativas de conciliação no TRT [Tribunal Regional do Trabalho] por duas vezes e a greve será julgada, então está em litígio. É mais uma arbitrariedade da direção chinesa”, disse.
Segundo a entidade sindical, a MWL tem cerca de 240 funcionários na planta de Caçapava. A empresa foi procurada pela reportagem e não retornou até a publicação.
Na sexta-feira (3), cerca de 120 metalúrgicos da MWL ocuparam a fábrica da empresa por duas horas em protesto contra a falta de pagamento dos salários.
A Polícia Militar foi acionada e acompanhou a manifestação. A categoria está em greve desde o dia 6 de maio.
Recuperação judicial
A MWL produz rodas e eixos para o setor ferroviário e está em recuperação judicial. Segundo o sindicato, a empresa se comprometeu a pagar os salários atrasados durante audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), mas descontou os 25 dias de paralisação, o que levou à continuidade da greve.
O sindicato relata ainda que empresa atrasa salários e FGTS e submete os trabalhadores a condições insalubres.
Download | Léo Poli | R3 Notícias
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