O vírus H3N2, que provocou surto de gripe Influenza no Rio de Janeiro, já está circulando na cidade de São Paulo, causando aumento nos atendimentos e internações nos hospitais públicos e privados da capital.
Em uma semana já foram registradas 19 internações de pacientes diagnosticados com H3N2 no Hospital São Paulo, ligado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Especialistas afirmam que a nova cepa da H3N3, batizada de Darwin –detectada na cidade da Austrália que recebe o mesmo nome–, é mais resistente a vacina da gripe aplicada na população recentemente pelo SUS.
Em nota, o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) confirmou que verificou um fluxo maior de pacientes com sintomas de gripe nos hospitais nas últimas semanas.
Dados do Infogripe, sistema da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que monitora os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em todo o país, apontam que até o dia 6 de dezembro, foram verificados 229 casos de pessoas hospitalizadas ou mortas por SRAG provocada pelos vírus Influenza A e B no estado de São Paulo.
Em 2020, foram 463 casos ao longo de todo o ano. O levantamento considera pacientes que tiveram tosse ou dor de garganta e algum sinal de desconforto respiratório.
Até o início de dezembro, apenas 55,5% do público alvo da campanha de vacinação contra a Influenza compareceu aos postos de vacinação no estado de São Paulo. A meta da campanha, estabelecida pelo Ministério da Saúde, era de 90%.
Download | Léo Poli | R3 Notícias