Os moradores do Banhado, no centro de São José dos Campos, recusaram a proposta feita pela prefeitura para que desocupem a área em troca de indenização de R$110 mil, auxílio-mudança de R$ 2.300 e auxílio demolição de R$ 2.700.
A Prefeitura de São José protocolou a proposta de conciliação na Justiça no início de novembro.
Apesar da recusa, o impasse continua. De acordo com o defensor público José Luiz Simão, que dá suporte às famílias do Banhado, uma perícia hidrológica, solicitada pelo Ministério Público, foi agendada para verificar se há imóveis sob risco de inundação na área. O DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) vai realizar a operação, que é considerada complexa.
Como, até o momento, a maior parte dos moradores se opõe à desocupação da concha do Banhado, pode haver “algum tipo de tumulto, algo semelhante ao que aconteceu no Pinheirinho”, diz o defensor.
A Defensoria Pública é favorável à regularização do Jardim Nova Esperança, para que o Banhado seja transformado num bairro regular e que toda a cidade, os munícipes possam se aproveitar de um bairro regularizado com todos os atrativos que ele tem.
Procurada, a Prefeitura de São José informou que “desconhece a informação sobre a recusa dos moradores do Banhado”.