Membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia entregaram ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) o relatório final da comissão e mais de 1 terabyte de documentos sigilosos sobre os casos apurados pelos senadores.
O MPSP investiga a conduta da operadora Prevent Senior e de médicos que trabalham na empresa.
De acordo com o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Sarrubbo, o material da CPI pode resultar em novas frentes de investigação. “Ele nos traz novas notícias e novas vertentes de investigação que serão deflagradas pela força-tarefa. Evidentemente, algumas dessas notícias nós não tínhamos conhecimento e vamos trabalhar em cima”.
Desdobramentos da CPI
A Prevent Senior e o Ministério Público estadual assinaram, no final de outubro, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em que a empresa se comprometeu a não distribuir mais aos seus segurados o chamado kit covid, composto por medicamentos sem eficácia contra a covid-19.
O procurador de Justiça ressaltou, no entanto, que o MP pretende responsabilizar não apenas pessoas jurídicas, mas também as pessoas físicas pelos eventuais crimes. “Estamos atrás dos responsáveis, sob o prisma da pessoa física, que foram responsáveis e praticaram crimes”, disse.
Em depoimento ao MPSP, familiares de pacientes da Prevent Senior que morreram por covid-19 relataram que as vítimas tomaram remédios do chamado kit covid, seja quando estavam internadas ou em casa, mas acabaram morrendo. O órgão investiga a relação das mortes com o uso dos medicamentos.
Download | Léo Poli | R3 Notícias