Mais de 50 anos depois de “We’ve Only Just Begun” e “Yesterday Once More”, Richard Carpenter está relembrando a dupla de pop suave formada com a irmã Karen que dominou as paradas, mas que foi execrada pelos críticos musicais.
Agora, Richard conta a história à sua maneira pela primeira vez em “Carpenters: The Musical Legacy”, um livro baseado em centenas de horas de entrevistas que ele deu aos autores Mike Cidoni Lennox e Chris May. Repleto de fotos, pôsteres, programas, resenhas e cronogramas de trabalho, o volume pretende ser o relato definitivo dos astros dos anos 1970.
“Ele cobre desde a nossa infância até nossos anos juntos, Karen e eu, fazendo música, e o legado. Ele se concentra mais na música que fizemos do que no pessoal”, disse Richard em sua casa próxima de Los Angeles, cheia de discos de ouro e suvenires dos Carpenters.
“Muitas vezes, já na época em que Karen e eu começamos a fazer sucesso com ‘Close to You’, havia coisas mais do que horríveis, maldosas escritas sobre nós”, contou Richard, hoje com 75 anos, lembrando como a imprensa musical debochava de suas baladas melosas, consideradas cafonas em um momento no qual o rock era a força dominante.
“Ela tinha uma voz atemporal… Karen era instintiva. Não tinha que treinar… ela cantava instantaneamente, impecavelmente, fosse ao vivo ou gravando”, disse.
O fim dos Carpenters
A carreira da dupla teve um fim trágico quando Karen morreu de parada cardíaca atribuída a complicações de uma anorexia nervosa em 1983. Ela tinha 32 anos. A carreira da dupla já foi retratada nos cinemas no filme “A História de Karen Carpenter”, lançado em 1989 e em “Little Girl Blue”, uma biografia de Karen publicada pelo biógrafo Randy Schimidt, em 2010.
Download | Léo Poli | R3 Notícias
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