O prefeito de São José do Barreiro, Alexandre de Siqueira Braga (PSD), mais conhecido como Lê Braga, passou por audiência de custódia, mas permaneceu preso em Cruzeiro. A audiência, realizada por “carta de ordem” expedida pelo Desembargador do TRF3, Dr. Maurício Kato, teve como objetivo cumprir a determinação do desembargador, sem decidir sobre a prisão ou liberdade do prefeito.
A Polícia Federal acusa o prefeito de crime de peculato, por desviar verba pública para fins pessoais. Segundo a PF, o desembargador tem como alternativas conceder liberdade provisória sem condicionantes, converter a prisão em flagrante em preventiva, conceder liberdade fixando medidas cautelares diversas da prisão, dentre elas o afastamento do cargo, ou até mesmo a utilização de uma tornozeleira eletrônica.
Lê Braga foi preso pela Polícia Federal na madrugada de segunda-feira (19), quando retornava do carnaval na Bahia. A prisão ocorreu após denúncias anônimas de que o prefeito teria utilizado um veículo oficial, financiado com dinheiro federal, para ir e voltar do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo.
Lê Braga foi abordado pelos policiais no trecho de Pindamonhangaba, na Rodovia Presidente Dutra (BR-116), e conduzido à delegacia da Polícia Federal em Cruzeiro (SP). Segundo as denúncias, o prefeito viajou para Porto Seguro (BA) na quarta-feira (14), utilizando uma van da Secretaria Municipal de Saúde, abastecida com verba federal, para o trajeto de São José do Barreiro até o Aeroporto de Congonhas.
Outras ações penais
Ainda, de acordo com a Polícia Federal (PF), em consulta ao Sistema de Acompanhamento Processual (SIAPRO) e ao Processo Judicial Eletrônico (PJe), o prefeito é réu em duas ações penais, por organização criminosa e outra por lavagem de dinheiro em outros dois procedimentos, tendo como Desembargadores dos casos, o Dr. Nino Toldo e Dr. Fausto de Sanctis.
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