Ricardo Lewandowski é anunciado novo ministro da Justiça

Ricardo Lewandowski é anunciado novo ministro da Justiça
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou na quinta-feira (11) a escolha do ex-ministro do STF, Ricardo Lewandowski como o novo ministro da Justiça e Segurança Pública. O jurista assume o lugar de Flávio Dino, que deixa a pasta para ocupar uma vaga no Supremo.

 

“É um dia muito feliz. Quero dizer ao povo brasileiro que ele vai ganhar com essas duas escalações — uma na Suprema Corte, e a outra na Justiça”, declarou o presidente Lula, ao lado de Dino e de Lewandowski, reunidos no Planalto.

 

Lewandowski tomará posse da pasta em 1º de fevereiro. Dino, por sua vez, assume a vaga no Supremo em 22 de fevereiro.

 

Na quarta-feira (10), Lewandowski se reuniu com Lula e Dino no Palácio do Alvorada para acertar os últimos detalhes da nomeação como novo ministro da Justiça. O convite e o anúncio foram formalizados após reunião no Planalto, nesta quinta.

 

Durante o anúncio, Lula também frisou que o novo titular da Justiça e Segurança Pública terá liberdade para montar o próprio time na pasta, em meio ao impasse sobre o futuro do secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli. Segundo o petista, ele não tem o hábito de interferir nos cargos dos ministérios.

 

“Eu digo para pessoa: ‘Monta o seu governo. Quando você estiver com o governo montado, você me procure que eu vou ver se tenho coisas contrárias a alguém ou alguma indicação a fazer’”, declarou durante o anúncio.

 

Flávio Dino deixará a chefia da pasta ainda nesta semana. O ex-governador do Maranhão teve o seu nome aprovado pelo Senado Federal e vai assumir a cadeira de Rosa Weber no STF. A posse do ministro está marcada para 22 de fevereiro. Enquanto isso, ele reassume a função de senador pelo Maranhão.

 

Ricardo Lewandowski

Após 17 anos como ministro do STF, Lewandowski deixou a Corte em abril deste ano, pouco antes de completar 75 anos, com um extenso legado. Ao longo do período, ele desempenhou papel importante em processos históricos, com aproximadamente 200 mil decisões, entre monocráticas e colegiadas.

 

Durante o período no Supremo, Lewandowski teve voto decisivo em ações importantes, como no julgamento do mensalão, na Lava Jato, na questão de cotas raciais e na implementação de audiências de custódia.

 

Também foi presidente da Corte durante o julgamento de impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT).

 

O ministro foi nomeado no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República, em 2006. Ele ocupou a cadeira deixada por Carlos Velloso, que fora nomeado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).