Uma pesquisa feita pela Prefeitura de Taubaté apontou que 34,5% das mulheres da cidade já sofreram algum tipo de violência doméstica, familiar ou pelo fato de ser do sexo feminino.
Ainda segundo a pesquisa, em 84,1% dos casos a violência foi psicológica e, em 50,9% dos casos, o agressor foi o cônjuge/companheiro. Das entrevistadas, 53,5% disseram não ter registrado boletim de ocorrência.
Os dados mostram que as mulheres sabem quais órgãos oferecem ajuda, porém, o medo de retaliação prepondera e as intimida. Além disso, as próprias equipes de assistência social e de saúde temem sofrer represálias do agressor, caso levem adiante as investigações.
A pesquisa integra o Plano Municipal de Combate à Violência Contra a Mulher, que foi apresentado durante audiência pública realizada nessa quarta-feira (27), na Câmara.
O plano traz alguns eixos para combater a violência contra a mulher: a prevenção, a proteção e responsabilização, a assistência social, a emancipação, a capacitação e o controle social. No eixo responsabilização, por exemplo, um dos objetivos é criar o Programa de Ressocialização de Agressores e implantar na cidade o Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. No eixo controle social, uma das metas é a criação do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e de um fundo municipal para o desenvolvimento de ações nesta área.
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